Você já se perguntou como fazer essa organização? Se sente perdido? Mistura contas pessoais com as contas da sua empresa?
Saiba que você não está só, muitos microempreendedores individuais têm dificuldade em organizar suas finanças.
1-O primeiro passo é organizar o seu fluxo de caixa.
Se você não sabe muito bem como funciona o fluxo de caixa, saiba que em resumo, ele é o dinheiro que sua empresa tem em caixa, o montante que soma o que é recolhido e gasto em determinado período de tempo definido.
O registro de ganhos e gastos devem ser detalhados, dessa forma a análise se torna mais eficiente, garantindo que a visão real da empresa não seja distorcida, pois saldos diários elevados, tanto positivos, quanto negativos, indicam a necessidade de melhor organização financeira.
Esteja atento aos prazos de recebimentos, queda de vendas, taxa de inadimplência, etc., são alguns dos sinais que apontam para saldos negativos.
2-O segundo passo é não misturar as contas pessoais com as contas da empresa.
O negócio vai bem, mas mesmo assim o empreendedor tem a impressão de que precisa de mais dinheiro. Essa sensação é bem comum quando não há clareza sobre as obrigações entre PF e PJ. Apesar de ser um erro comum, ele é um dos maiores responsáveis pelas divergências de informações e a falta de dinheiro no final do mês para arcar com compromissos da empresa.
Para resolver essa situação o correto é que haja a separação das receitas e despesas.
Abra uma conta jurídica, isso facilitará a separação dos recebimentos e despesas de ambas as partes.
Estabeleça seu pró-labore. É o seu pagamento, é o valor pelo seu trabalho, pelo tempo que você se dedica à sua empresa. Mas atenção! Essa retirada deve ocorrer após o fechamento do mês e após ter estabelecido um valor para reinvestir no seu negócio. Sem esse reinvestimento, as chances de crescimento são minimizadas. Seja prudente ao estabelecer esse pró-labore, no início do negócio é pouco provável que a margem seja grande o bastante para retiradas exorbitantes.
3-O terceiro passo é o plano de contas.
Esse é mais detalhado que o fluxo de caixa, pois vai agrupar as receitas e despesas de acordo com a natureza de cada operação, otimizando o entendimento das informações de acordo com os acontecimentos. O Plano de Contas é um dos auxiliadores para a tomada de decisões.
Através do plano de Contas é possível elaborar as Demonstrações de Resultado em determinado período, para observar se a empresa teve lucrou prejuízo operacional. Também é possível observar entradas e saídas de recursos que não estejam diretamente conectadas ao negócio, mas que podem existir, como por exemplo multas e taxas, que podem ser ocasionais.
E lembre-se:
Um bom planejamento, um bom orçamento, controle mensal de gastos, separação das despesas entre pessoa física e pessoa jurídica, etc., todos estes pontos fazem parte de uma boa gestão financeira, ela é importante para que sua empresa esteja livre de complicações de última hora, coloque em prática!